Vídeos do Luabo 2007
Obrigado ao JUKA
Memórias de Quelimane e da Zambézia.
SUBÚRBIO
Onde há casas menores com portas abertas
por sobre os espaços que a luz orna
entre as palmeiras
e vultos que amanhecem envoltos
em lençóis de que a noite suja escorreu,
a manhã pousa
nos pulsos das mulheres que se elevam com ela
e meninos negros alteiam-se
no flanco das mães,
de olhos que a esperança já estria.
Os comerciantes assoam-se
de varanda para varanda,
retribuem devagar a amizade
que os meninos trazem para fora
das tarefas diárias,
as luas carcomidas no sítio das fogueiras
enfiadas murmuramente em seus colares.
Sebastião Alba
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4 comentários:
Tudo destruido-
Era uma fábrica imponente e bem produtiva.
Vivi lá dois anos.
Não há dúvida que se libertaram depressa da pesada herança colonial.
Infelizmente a guerra, o abandono deixou as suas marcas. Mas se repararem a fábrica já funciona.
As fotos e os videos me matam saudades e me matam de saudades. Nasci e creci no Luabo até aos 11 anos. A última vez que passei por lá foi em 1989 e a vila já estava muito destruida. Guarda aida a mémória da beleza desse lugar. Me assusto quando imagino como seria Luabo hoje se os horores da guerra não tivessem passado por lá. Seria uma verdadeira cidade penso.
Saudações aos nascidos e criados no Luabo - a última vez que estive no Luabo foi em 1976 e realmente depois de ver estes vídeos dá para ficar bem triste. Não sou saudosista mas, Luabo é a minha terra, nasci e fui criado neste paraíso destruído, pena que os homens não meçam as consequências o que pode causar más políticas e consequentes guerras. Assim perderam todos. Carlos Mário Ruas.
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