4.1.10

Cidade de Quelimane: Bancos e estado das vias preocupam munícipes


O MAU estado das estradas urbanas e o deficiente funcionamento dos bancos comerciais são dois dos maiores problemas apontados pelos empresários e representantes dos vários segmentos da sociedade civil durante os encontros orientados pelo governador da Zambézia, no contexto da governação aberta realizada há dias na cidade de Quelimane. Os participantes aos encontros não esconderam o seu desagrado com a falta de manutenção das estradas urbanas e de acesso a alguns bairros da capital provincial da Zambézia, caracterizados por buracos profundos com uma altura de meio metro e o triste cenário em que automobilistas e peões disputam os passeios para contornarem esses buracos.

Os empresários manifestaram igualmente o seu desapontamento com o deficiente funcionamento dos bancos comerciais na cidade de Quelimane. Muitas vezes não podem fazer transacções por causa da falta de sistema e quando apenas funcionam duas caixas perante um mar de gente preocupado em resolver os seus problemas, desde depósitos, transferência ou levantamento de valores para realizar diversas despesas, incluindo funerárias. Os clientes dos principais bancos comerciais ficam muito tempo na fila e não realizam as operações e muito menos há alguma comunicação institucional que se estabeleça com os clientes. Além disso, os empresários e a sociedade civil pediram ao governo para interceder junto das hierarquias superiores dos bancos comerciais para abrirem as portas aos fins-de-semana como acontece noutros pontos do país com esses mesmos bancos.

O governador da Zambézia reconheceu o problema dos bancos mas afirmou ser prematuro adiantar qualquer solução antes de manter o contacto com os gestores dos mesmos. Contudo, observou que nos últimos três anos há muita procura dos serviços bancários, não só em Quelimane, como noutros distritos, nomeadamente Mocuba, Guruè e outros. De acordo com Carvalho Muaria, dos contactos preliminares feitos com os gestores superiores dos bancos comerciais estes estão à procura de terrenos para abrirem mais balcões mas estão a enfrentar dificuldades porque não existem espaços. Como sabe, desde os tempos idos os terrenos em Quelimane tem os seus donos, ou seja, detentores de títulos de uso e aproveitamento e os bancos estão a negociar, disse Carvalho Muária quando abordado pela Imprensa no final da sua visita de dois dias a cidade de Quelimane.

Quanto à rede viária, a fonte referiu que as estradas urbanas na cidade de Quelimane constituem um dos maiores constrangimentos a uma circulação aceitável de viaturas e de pessoas de um ponto para outro. Todavia, explicou, há igualmente perspectivas de se melhorar a transitabilidade com intervenções localizadas que estão a ser feitas pela empreitada NCC.

Estão disponíveis oito milhões de dólares norte-americanos para fazer intervenções pontuais nas principais estradas da cidade. A cidade de Quelimane tem uma rede viária total de cinquenta quilómetros e oitenta porcento dela está praticamente intransitável e os motoristas queixam-se de estarem a gastarem muito dinheiro em despesas de manutenção das suas viaturas.

No terreno, as pequenas intervenções nos locais críticos já estão a acontecer mas a chuva miúda que tem caído nos últimos dias tem estado a criar obstáculos.

Entretanto, muitos bairros da cidade de Quelimane já têm água e energia eléctrica e o maior problema são as estradas. A recolha e o tratamento de resíduos sólidos melhoramento muito, pese embora alguns munícipes não estejam a cumprir com os horários de depósito de lixo nos contentores para o efeito espalhados um pouco por todos os cantos da cidade.

JOCAS ACHAR

Maputo, Segunda-Feira, 4 de Janeiro de 2010:: Notícias

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